quarta-feira, 27 de maio de 2009

Fraldas de pano




Olá, pessoal!

Estou aqui de novo, desta vez, para dar uma dica fofíssima, macia e ecológica. Desde antes de engravidar me chamava a atenção a quantidade de fraldas utilizadas por um bebê. Nunca convivi de perto, mas várias amigas diziam que usavam dezenas e dezenas de fraldas semanalmente. Um dia descobri um número aproximado - até os dois anos de idade uma criança utiliza 5.500 fraldas descartáveis. Um bilhão de árvores são usadas, no mundo inteiro, por ano, para suprir a indústria de fraldas e, cada fralda leva 450 anos para se decompor nos lixões. Gente, na boa, não consigo fechar os olhos pra esses números! Obviamente entendo e concordo que a fralda descartável tem inúmeras vantagens, sendo a praticidade a maior delas, mas também há vantagens na fralda de pano, não? Pelo que já ouvi dizer (de mães experientes) ela causa menos alergias e tem um custo muito mais baixo (em valores totais) do que a descartável. Também concordo que se a pessoa mora em um apartamento em São Paulo (como morei por 20 anos) e trabalha o dia inteiro, dificilmente conseguirá ter fraldas sequinhas o tempo todo para colocar no bebê (neste caso, uma secadora seria bem útil). Mas, aqui em Rio Preto o sol é nosso grande aliado nessa empreitada! Então o maior problema, que acredito ser a secagem, está resolvido. Além disso, sempre há a possibilidade de ter um pacotinho de fraldas descartáveis para emergências, né?

Ah! E tem mais! As fraldas de pano também evoluiram! Não são mais aquelas branquinhas que nossas mães ferviam para limpar e colocavam na gente com fita crepe. Pesquisei pra caramba e encontrei no Brasil uma única loja destas fraldas lindas de pano (elas têm a mesma estrutura de uma fralda descartável). Eles ficam em Gramado mas entregam em todo o país. Encomendei quinze, para ver a qualidade, e me encantei! Não são lindas?

No site deles você encontra as estampas, os preços, formas de lavar e muito mais. Vale conferir!

Um grande abraço,

Sabrina

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Hospitais violam direito a acompanhante

Olá, pessoal!

Recebo um boletim do Gama e a notícia que eles destacam hoje é revoltante...

Matéria do jornal Folha de São Paulo - 20/05/2009

Hospitais violam direito a acompanhante
Instituições descumprem lei federal que garante à mulher o direito de ter companhia de sua escolha durante o parto

Pesquisas sugerem que, se está acompanhada, a mulher sente menos dor e caem os índices de cesáreas e de depressão pós-parto

FLÁVIA MANTOVANIDA REPORTAGEM LOCAL

Quatro anos após entrar em vigor a lei que garante à mulher o direito de ter um acompanhante no parto, vários hospitais brasileiros ainda negam essa possibilidade às gestantes.A lei, válida para todo o país, afirma que os serviços ligados ao SUS são obrigados a permitir a presença de um acompanhante -indicado pela parturiente- em todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. Segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e o Ministério da Saúde, a regra inclui partos via convênio médico e do setor privado. Há um ano, uma resolução da Anvisa reforçou esse direito. Na prática, não é o que acontece.

A pedagoga Thaís Stella, 32, é uma das que tiveram o filho sozinha contra a vontade. Seu marido, Antonio Araújo, 32, foi com ela ao Hospital Sorocabana, em São Paulo, mas teve que ficar na recepção. "Parecia que eu ia ser presa. Tive que entregar tudo, até meus óculos. Tenho oito graus de miopia, nem consegui ver meu filho quando ele nasceu. "Antonio só ficou sabendo do que estava acontecendo depois que João nasceu, assim como os outros pais presentes, conta Thaís. Só pôde ver a mulher e o filho na tarde seguinte, no horário de visitas. Quando terminou o horário de visitas, Thaís "implorou" ao marido que não saísse. "Estava me recuperando de uma cesárea, com dor, lutando para amamentar. Não conseguia cuidar bem do meu filho."Ele chegou com a lei do acompanhante impressa e disse que não sairia de lá. Após muita resistência, segundo Thaís, acabou ficando -e a outra paciente que dividia o quarto com ela pediu ao marido que voltasse e ficasse também."Deu para ver que era uma prática comum lá. Eles não têm nem cadeiras para os acompanhantes", diz a pedagoga, que ainda não obteve resposta para a reclamação que fez na ouvidoria do hospital.

Benefícios à saúde

Pesquisas sugerem que diversos indicadores melhoram com a presença do acompanhante no parto: a mulher sente menos dor, o bebê nasce em menos tempo e mais saudável, diminuem os índices de cesáreas e de depressão pós-parto e há três vezes menos chance de morte materna."O cidadão brasileiro já nasce com seu direito desrespeitado. É um vexame", diz Simone Diniz, professora da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo). Em uma pesquisa com 1.673 mulheres que tiveram filho pela rede pública, ela constatou que quase todas querem ter um acompanhante e que muitas sabem da lei. "Elas não exigem porque têm medo de retaliação, de serem mais maltratadas. "Diniz diz que, mesmo quando o parto é de risco, o acompanhante não atrapalha o médico. "E, para o bem-estar da mulher, é melhor que ela tenha alguém em quem confia do seu lado."Hospitais afirmam que, como há várias mulheres por quarto, a presença de um acompanhante do sexo masculino pode atrapalhar a privacidade das pacientes. Mas, segundo Lena Peres, coordenadora da área de saúde da mulher do Ministério da Saúde, um levantamento em um grande hospital mostrou que, em 10 mil partos, só houve três problemas com o acompanhante. "A lei é contundente: o hospital tem que oferecer essa possibilidade à mulher."Ela diz que foi dado um prazo de seis meses para que os serviços se adaptassem e que o Ministério tem recursos para ações como colocação de biombos, cortinas e poltronas. Marta Oliveira, gerente-geral técnico-assistencial de produtos da ANS, diz que, se a enfermaria não comportar o acompanhante, o hospital deverá se organizar para fazer isso. No caso dos planos de saúde, é obrigatório deixar o acompanhante com a mulher no mínimo por 24 horas após o parto. Para o SUS, não há período definido mas, segundo Peres, dura todo o tempo de recuperação da mãe. "Pai não é visita. "Não foi o que aconteceu com a administradora Sydharta Cavalcanti, 33, que teve sua filha, Luana, hoje com um ano e dez meses, no hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Além de não permitirem que seu marido ficasse com ela no pré-parto e no nascimento, ele só pôde vê-las horas depois, no período de visitas. "Era um sonho dele estar lá. Ele pediu, mas achou que no SUS não havia esse direito. O parto não foi mais mágico porque ele não estava", diz ela.

Em estabelecimentos privados, ter companhia custa R$ 100

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de permitirem a presença do acompanhante no parto, diversos hospitais privados de São Paulo cobram por isso - o que, no caso de atendimentos via plano de saúde, não deveria ser feito, dizem ANS e Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor). A quantia, em geral na faixa dos R$ 100, costuma ser chamada de "taxa de paramentação", pois seria destinada a limpeza e higienização das roupas utilizadas pelo acompanhante.

A analista de sistemas Gisele Soares Lima, 32, conta que só ficou sabendo da cobrança na hora do nascimento de seu filho Nicolas, hoje com quatro meses. O hospital Santa Marina, onde ocorreu seu parto, cobra R$ 100. "Achei um absurdo. Fiz o curso de gestante lá e não falaram nada sobre essa taxa. Na hora, o pai fica rendido, se cobrarem R$ 500 ele quer pagar". Gisele conta que foi "fundamental" a participação do marido em seu parto e lembra que viu, na recepção, um homem que foi impedido de entrar com a mulher por não ter a quantia para pagar a taxa. "Esse rapaz chorava, fiquei morrendo de pena. Ele não conseguiu ver o nascimento do filho."

Hospital diz que são casos "isolados"

DA REPORTAGEM LOCAL

O Hospital Beneficência Portuguesa afirmou que não impede a presença de acompanhante no parto e que os casos encontrados pela Folha são isolados.
A reportagem telefonou para o estabelecimento duas vezes e foi informada, pelos atendentes, de que não é permitida a presença de acompanhante. Segundo a nota enviada, a informação passada não condiz com o procedimento do hospital.
Ângelo Badia, vice-presidente médico do Hospital Santa Marina, diz que a taxa cobrada cobre custos de roupas cirúrgicas e máscaras descartáveis.
Segundo ele, os planos de saúde não cobrem esse custo, a taxa é uma das mais baixas entre hospitais de São Paulo e a paciente é avisada sobre ela antecipadamente.
Procurado pela Folha, o Hospital Sorocabana não se manifestou.

O QUE FAZER SE SEU DIREITO FOR NEGADO

PARTO PELO SUS
Reclame na ouvidoria do órgão (tel. 0800-61-1997 ou www.saude.gov.br)

PARTO VIA CONVÊNIO
Recorra à ANS (0800-701-9656 ou www.ans.gov.br)

EM QUALQUER CASO
É possível recorrer à vigilância sanitária municipal

PARTOS FORA DO SUS
Há ainda a possibilidade de procurar o Procon (em SP: www.procon.sp.gov.br)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Posições durante o parto

Olá, meninas!

Hoje vamos falar um pouquinho sobre as posições durante o parto. Tenho certeza de que muitas já têm um bom conhecimento sobre isso, mas não custa lembrar, né? Quem assistiu Maya e Duda (Caminho das Índias) parindo ao mesmo tempo na novela? As duas estavam deitadas de barriga pra cima, lembram? Essa é, de fato, a posição usada na grande maioria dos partos, embora vários estudos mostrem que essa é a pior posição para se parir.

E porque ela não é boa? Porque ela vai contra a força da gravidade além de não permitir o movimento ideal dos ossos que fazem parte do assoalho pélvico. No momento de dar à luz, esses ossos abrem-se para permitir a passagem do bebê. Se você está deitada em decúbito dorsal (barriga pra cima) só dificulta este processo. E porque esta posição é tão difundida? Devido aos protocolos existentes em muitos hospitais. Ela facilita as intervenções médicas, como, por exemplo, o toque e o monitoramento das condições do bebê. Mas, em uma situação normal, quando a gravidez não é de risco, não há necessidade de um monitoramento constante. Aliás, isso apenas deixa a mãe mais ansiosa e menos à vontade.

As posições ideais são aquelas em que a mulher fica na vertical, tanto em pé, como de cócoras. Essas posições favorecem a atuação da força da gravidade, que promove maior intensidade e eficácia das contrações, a dilatação do colo do útero e o aumento da cavidade pélvica. Tudo isso faz com que o trabalho de parto seja mais rápido e menos doloroso. Portanto, converse com seu médico sobre a possibilidade de não ficar presa à cama durante o trabalho de parto e o parto e lembre-se que a melhor posição é a posição mais confortável para você!

Algumas sugestões de posições publicadas no Caderno Equilíbrio, do jornal Folha de S. Paulo:



"Ela foi colocada deitada de costas sobre a mesa fria. Ainda era cedo para que eu entendesse o quanto essa posição das mulheres ao parir obedecia a uma ordenação simbólica oculta e inconsciente, e o quanto era prejudicial tanto para ela quanto para o seu bebê. Naquele dia, porém, eu era apenas mais um pai desempoderado olhando atônito para uma mulher parindo inserida no modelo tradicional. Eu rezava e esperava o quanto podia; ela esforçava-se além do que imaginava ser capaz."

Ricardo Jones - Ginecologista, obstetra e homeopata, em seu livro "Memórias do Homem de Vidro - Reminiscências de um Obstetra Humanista" (Editora Idéias a Granel)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Parto domiciliar na mídia



Gestantes, preparem os lencinhos! Alguém já chorou com propaganda de colchão? Para tudo há uma primeira vez!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Nascendo no Brasil


Olá, pessoal!

Meu nome é Sabrina e fui convidada pela Sônia para dar palpites aqui no blog. Como não sou de recusar convites, aqui estou eu! Moro em Rio Preto há quase três meses. Vivi em São Paulo a vida toda, mas, com a gravidez, meu marido e eu decidimos que era hora de mudar. Estou grávidíssima de 29 semanas!

Assim que engravidei comecei a pesquisar muito na internet e logo descobri uma profissão da qual eu nunca tinha ouvido falar – a doula. Segundo o site Doulas do Brasil, são “mulheres que dão suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto.” Achei o máximo, principalmente por que vinha tentando encontrar profissionais que me tratassem como uma mulher que estava vivendo uma fase muito especial na sua vida e tudo o que eu recebia eram termos técnicos, horas de espera em consultórios e correria no atendimento. Um médico da clínica de exames chegou a dizer “ele ainda nem é feto – por enquanto é um embrião” diante da minha animação ao ver o bebê na tela.

Bom, fiquei super feliz quando descobri que havia doulas em Rio Preto e, assim que cheguei, entrei em contato com a Sônia. Marcamos um encontro na minha casa que deve ter durado umas três horas (coitada!). Conversamos muito, perguntei tudo o que eu queria e ela me explicou tudo com a maior paciência. Neste dia ela me emprestou três filmes ótimos. Um deles confirmou exatamente o que eu vinha lendo a respeito de partos no Brasil.

Existe uma tendência muito grande (em alguns locais, mais do que em outros) dos médicos preferirem a cesárea por motivos, digamos, “não nobres” (não por uma real necessidade da mulher ou do bebê). Esta é a minha dica de hoje. Assistam ao documentário “Nascendo no Brasil”, da Cara Biasucci. O filme é baseado em pesquisas e é surpreendente. Isso não quer dizer que você não possa optar por uma cesariana. Mas toda escolha deve ser baseada em critérios, né? Acho que devemos nos informar bastante antes de tomarmos nossas decisões, principalmente em um momento tão importante nas nossas vidas. E estas decisões devem ser nossas! A minha está tomada.

Voltarei com mais dicas e histórias! Um abraço!

Mais informações sobre o filme, aqui.

domingo, 10 de maio de 2009

A delicadeza de nascer na água



Olá, meninas!

Tenho mostrado este vídeo para várias clientes-amigas e amigas. Ele é de uma beleza incrível pois é simples, emocionante e natural. Então, no finalzinho do dia das mães, resolvi colocá-lo aqui, de presente, para que nos inspire e fortaleça.

Um grande abraço e feliz dia das mães, todos os dias, para todas nós!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Semana Mundial pelo Respeito ao Nascimento


Atenção pessoal!

Dos dias 11 a 17 de maio diversos países vão comemorar a Semana Mundial pelo Respeito ao Nascimento. Para marcar a data no Brasil, a Rede Parto do Princípio realiza uma exposição nacional com fotos de mulheres brasileiras no momento do nascimento de seus filhos. A exposição acontece simultaneamente em várias cidades do país e tem como objetivo incentivar o vínculo afetivo entre mãe e filho, a amamentação na primeira hora de vida e o parto humanizado. Em alguns municípios a exposição começa mais cedo, em comemoração ao Dia das Mães ou estende-se por mais tempo.

Confira os locais e datas do evento:

Bauru – SP
SENAC - a partir de 13 de maio

São Bernardo do Campo - SP
Bruxa Banguela Rock Bar – Lançamento do livro "Lembranças fecundas: meu diário afetivo da gravidez”, de Denise Yoshie Niy

São Paulo - SP
Continental Shopping – de 08 a 27 de maio (exposição de fotos)
Faculdade de Saúde Pública – a partir de 11 de maio (exposição de fotos)

Rio de Janeiro – RJ
Livraria Largo das Letras – de 12 a 17 de maio

Belém - PA
Laboratório Beneficente de Belém – de 11 a 16 de maio (exposição de fotos)
Restaurante D. Giuseppe – de 08 a 16 de maio (exposição virtual de fotos)
Praça Batista Campos – 17 de maio (exposição de fotos e caminhada de encerramento às 9h)

Belo Horizonte - MG
PUC Minas Barreiro – a partir de 12 de maio (exposição de fotos) durante a III Semana da Enfermagem

Brasília - DF
Shopping Páteo Brasil – 09 de maio – conversa com as mulheres sobre riscos das cesarianas
Associação Vivendo e Aprendendo – de 11 a 15 de maio
Centro Cultural de Brasília – 16 e 17 de maio

Curitiba- PR
Estúdio MM Áudio – a partir de 09 de maio

Garanhuns – PE
Livraria Casa Café – de 11 a 19 de maio

Juiz de Fora – MG
Centro de Diagnósticos CEDIMAGEM – de 11 a 17 de maio

Maringá - PR
Cliniprev – de 11 a 17 de maio

Porto Alegre - RS
Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo - de 11 a 16 de maio (Exposição de fotos)
Parque de Redenção – dia 16 de maio - Tenda com exposição de fotos e caminhada com grávidas e mães/pais com filhos.

Clique aqui para mais informações.