terça-feira, 19 de maio de 2009

Posições durante o parto

Olá, meninas!

Hoje vamos falar um pouquinho sobre as posições durante o parto. Tenho certeza de que muitas já têm um bom conhecimento sobre isso, mas não custa lembrar, né? Quem assistiu Maya e Duda (Caminho das Índias) parindo ao mesmo tempo na novela? As duas estavam deitadas de barriga pra cima, lembram? Essa é, de fato, a posição usada na grande maioria dos partos, embora vários estudos mostrem que essa é a pior posição para se parir.

E porque ela não é boa? Porque ela vai contra a força da gravidade além de não permitir o movimento ideal dos ossos que fazem parte do assoalho pélvico. No momento de dar à luz, esses ossos abrem-se para permitir a passagem do bebê. Se você está deitada em decúbito dorsal (barriga pra cima) só dificulta este processo. E porque esta posição é tão difundida? Devido aos protocolos existentes em muitos hospitais. Ela facilita as intervenções médicas, como, por exemplo, o toque e o monitoramento das condições do bebê. Mas, em uma situação normal, quando a gravidez não é de risco, não há necessidade de um monitoramento constante. Aliás, isso apenas deixa a mãe mais ansiosa e menos à vontade.

As posições ideais são aquelas em que a mulher fica na vertical, tanto em pé, como de cócoras. Essas posições favorecem a atuação da força da gravidade, que promove maior intensidade e eficácia das contrações, a dilatação do colo do útero e o aumento da cavidade pélvica. Tudo isso faz com que o trabalho de parto seja mais rápido e menos doloroso. Portanto, converse com seu médico sobre a possibilidade de não ficar presa à cama durante o trabalho de parto e o parto e lembre-se que a melhor posição é a posição mais confortável para você!

Algumas sugestões de posições publicadas no Caderno Equilíbrio, do jornal Folha de S. Paulo:



"Ela foi colocada deitada de costas sobre a mesa fria. Ainda era cedo para que eu entendesse o quanto essa posição das mulheres ao parir obedecia a uma ordenação simbólica oculta e inconsciente, e o quanto era prejudicial tanto para ela quanto para o seu bebê. Naquele dia, porém, eu era apenas mais um pai desempoderado olhando atônito para uma mulher parindo inserida no modelo tradicional. Eu rezava e esperava o quanto podia; ela esforçava-se além do que imaginava ser capaz."

Ricardo Jones - Ginecologista, obstetra e homeopata, em seu livro "Memórias do Homem de Vidro - Reminiscências de um Obstetra Humanista" (Editora Idéias a Granel)

Um comentário:

  1. Olá! Estou grávida e me mudando para São José do Rio Preto, gostaria de uma indicação sobre um bom ginecologista. Na verdade, sempre procuramos pelo melhor, não é! (rs)
    Por favor, se puder me ajudar, aguardo sua resposta. (alexandrejoelma@hotmail.com)

    Desde já, muito obrigada!!!
    Que Deus a abençoe em seu lindo trabalho!

    ResponderExcluir